sexta-feira, 16 de julho de 2010

Misto quente




No que sinto há muita tensão - Intenso
É ela que vem toda acre de saia rodada:
Saudade, ata minh’alma.
Por favor, dona moça do poder,
Não me faça assim tão impotente
Dê-me ao menos esperança de que um dia partirás!
A saudade é a certeza do sentimento
E veemência de presença do partido que ficou
Ela agora samba seu canto doce em meu peito frágil
Oh querida, não me tome como tua
Quero-te na certeza que amor é o que sinto
Apalpo-lhe convicta de que és efêmera.
Após vôo plano e distinto,
O pássaro volta ao ninho sedento.
É certo, não há incremento!
E na concomitância de sorrisos e saudades...
Hora esperada chegada no afago da alegria.
Um misto quente
Acolhe diante do ácido que dilacera
Alegre estou,
Saudades sinto.
É demasiado preenchimento.



É um ditado de um hoje, alegrias chegam... peço que fiquem... saudades carcome, peço que se vão [...]



O abraço dolorido da partida
Sorrisos num mix de umidade salgada
O sentimento de que estás indo sem sair do lugar
A esperança do reencontro, do abraço atado de emoções doces
Vás viril, tenho aqui o amor suave
A paz dos seus braços ainda me tem.



... e agora... ciclo que se finda.

Alegria de outrora e medo do passo futuro me retém.



Um misto quente.


Outras alegrias virão...

Outras saudades eu não quero não.!~

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Renara Afonso.

sexta-feira, 2 de julho de 2010


Solo não contém pingo de mim
corpo me retém em alma viva.
Ágape aquecida acoberta o inverno,
agasalha, florescendo em primavera.
Cores se banham em orquídeas sussurrantes.
Metade de mim avoa,
Outra metade flutua em amplexo macio.
Amor ressoa e quer gritar um canto doce,
coração bate as asas e pousa em meu peito:
ele se abre e acolhe o passarinho colorido,
que ali tece o ninho na cúpula do clímax.
Esse amor que não sabe donde vem,
não tem caminhos donde vais:
É puro, é leve.
Em instantes só se refaz.
É na origem que sabemos donde viemos;
quem sabe se noutra vida estivemos?!
Aqui te reconheci.
Amor,
é esmero de artesão,
arte de delicadeza rebuscada
na essência que desabrocha
o cuidado no tato.
Resplandece a luz de cada dia que me alumia.


Renara Afonso.