sábado, 26 de junho de 2010

[Re]volta


Inspiração não me falta,
o tempo é quem me demora!
Só quero voltar...
no passo dos confins dos meus sorrisos,
em verdes sonhos flutuar.
Aquele corpo fincado,
abre a porta dos caminhos das asas
e tenta voar.
Desenterra alma lavada,
sacode a poeira,
se lava de amarelo o coração fiel,
banha de azul na pureza do mar...
No branco se deita, diante do Pai,
distante do 'xão'.
É o amor que eleva o corpo são.


É inverno de calor... verão de amor! {}... aquece em fogo a mente que pulsa a flor que (re)nasce [].!~


Renara Afonso.

domingo, 13 de junho de 2010







{}...um passarinho no fio de alta tensão.

sábado, 12 de junho de 2010

Pá Lavras


E essas palavras, que não passam de palavras?! São só palavras...

Trazem-nos alegrias, outrora agonias... Podem ser ditas verdades doídas ou mentiras risadas. Elas nos trazem o amor, e de certo a dor.

Podem ser confundidas, e sim, bem entendidas!

Oh adoradas palavras... Palavras bonitas, palavras singelas, me tragam o lirismo poético, não me permita um ser cético.
Aliteração me intervém e devo a ti palavras que me contêm.

Elas não são minhas, nem suas, nem de ninguém... Elas pairam no ar... {} a sensibilidade que aflora nos permite entoar, e aqui transcorrer seus mosaicos formulados em linhas brancas que colorem meu coração, escorre nas veias de meu sertão... [] ...me permite à gratidão.

Coloquiais, rebuscadas, paradoxais... bem empregadas... bom ser também almejadas... No gingado da coerência, atrelado ao sincronismo da coesão entram nos vãos das entrelinhas e traduzem meu coração.

Não posso ser egoísta e querer-te só a mim, dou-lhes às multidões, espalho-as nos confins...

Entrego-as ao vento: voe como um pássaro atento e traga o alimento ao seu ninho sedento.

São só palavras... Os sentimentos estão aqui, em mim.!~

E são elas, as palavras, que os levam a ti.

És minha dança, minha reza, meu samba... és minha canção, minha oração.... reserva toda minha intenção.

Hoje me dedico a ti, palavras.

São só palavras.
Eu não sei o que faço
Não sei o que acho
Só sei do que sinto
Entra pela boca, vai até o umbigo
Não é nada sucinto
As vezes que olho
As vezes que cheiro
Vejo que desenrolo
Outras manhas do ponteiro...


Renara Afonso.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Velha roupa colorida



Velha roupa colorida,
Minha tez adorna em verdes laços.
Agasalha meu coração brilhante,
Que se opulenta ao florescer num palpitar.
Agora aqui é tudo tropical!
Em seus braços suaves me demoro
E sonho ao dormir acordada.
Meu afago se faz no seu jeito manso
A voz manhosa do primeiro raiar
O ‘bom dia’ doce a cada tilintar, é pra você guria.
Nos movimentos corpóreos
O sincronismo latente.
É chama de fogo e em tudo se sente: atraente!
E é chuva que lava exaurindo o fogo.
Reacendendo a chama que não queima ,
Arde, amante.
O olhar menino, infinito sentir.
Sinto entrar na tua íris e ao piscar,
‘stendo às suas veias seu sorriso cintilante.
E embrenho sorrateira nos seus carinhos incessantes.
Velha roupa colorida,
Não se deixe acorar.



{} ___Uma brisa de Outono qualquer... uma réplica com sentimento bem quentinho.!~

Renara.