sábado, 12 de junho de 2010

Pá Lavras


E essas palavras, que não passam de palavras?! São só palavras...

Trazem-nos alegrias, outrora agonias... Podem ser ditas verdades doídas ou mentiras risadas. Elas nos trazem o amor, e de certo a dor.

Podem ser confundidas, e sim, bem entendidas!

Oh adoradas palavras... Palavras bonitas, palavras singelas, me tragam o lirismo poético, não me permita um ser cético.
Aliteração me intervém e devo a ti palavras que me contêm.

Elas não são minhas, nem suas, nem de ninguém... Elas pairam no ar... {} a sensibilidade que aflora nos permite entoar, e aqui transcorrer seus mosaicos formulados em linhas brancas que colorem meu coração, escorre nas veias de meu sertão... [] ...me permite à gratidão.

Coloquiais, rebuscadas, paradoxais... bem empregadas... bom ser também almejadas... No gingado da coerência, atrelado ao sincronismo da coesão entram nos vãos das entrelinhas e traduzem meu coração.

Não posso ser egoísta e querer-te só a mim, dou-lhes às multidões, espalho-as nos confins...

Entrego-as ao vento: voe como um pássaro atento e traga o alimento ao seu ninho sedento.

São só palavras... Os sentimentos estão aqui, em mim.!~

E são elas, as palavras, que os levam a ti.

És minha dança, minha reza, meu samba... és minha canção, minha oração.... reserva toda minha intenção.

Hoje me dedico a ti, palavras.

São só palavras.
Eu não sei o que faço
Não sei o que acho
Só sei do que sinto
Entra pela boca, vai até o umbigo
Não é nada sucinto
As vezes que olho
As vezes que cheiro
Vejo que desenrolo
Outras manhas do ponteiro...


Renara Afonso.

Um comentário:

  1. Obrigada pelo comentário no meu Blog.

    Nossa esse texto ficou muito bom!

    Quantas vezes nos perdemos e nos encontramos nas palavras...

    "... transcorrer seus mosaicos formulados."

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