sexta-feira, 14 de maio de 2010


Ah, impiedosos dias vãos,
Que não me repele da pele seu gozo,
Um deleite discernente.
Amor delicado de inquietude.

Ah, beleza poética que não me falha,
Estrelas, segredos, amores amiúde.
Lentos dias não vejo passar.
Acelero minha volta à lua,
Na contrapartida de sua ida ao sol.

Não quero a poesia que todo poeta esperou,
Quero apenas o não querer.
Embrenhar-me no seu som magnífico,
Manter-me infinita dentro de ti.

Sua mão a afagar-me a nuca.
Pela janela, entra o vento,
Amanheceu:
Volto ao sol,
Ele, na lua permaneceu.

Um comentário:

  1. Quero sentir mais o gosto da vida.!
    Amores, amores. E os dias vãos vão seguindo o curso. ~~

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